LUIZ ANTÔNIO
FERREIRA
GOVERNANTE GOVERNO DO SENADO DA CÂMARA 52º (QÜINQUAGÉSIMO SEGUNDO)
GOVERNANTE DA CAPITANIA DO RIO GRANDE DO NORTE, NO PERÍODO DE DE 20 DE FEVEREIRO DE 1806
A 23 DE MARÇO DE 1806
PRECEDIDO POR
LOPO JOAQUIM DE ALMEIDA HENRIQUES
E
SUCEDIDO POR
JOSÉ FRANCISCO DE PAULA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE
GOVERNO DO SENADO DA CÂMARA
LUIZ ANTÔNIO FERREIRA
Vimos de estudar o estranho paradoxo
em que se transformou o inusitado governo de Lopo Joaquim de Almeida Henriques.
Considerável folha de serviços prestados à Coroa recomendava-lhe a honrosa
dignidade daquele posto, pelo que, inclusive, já fora agraciado com a Comenda
da Ordem de São Bento de Avis; concomitantemente – também por merecimento –,
exercia as funções de Sargento-mor de Infantaria da Corte. Apesar dessas
credenciais, não resistiu às sedutoras tentações do Poder, talvez presumindo-se
inatingível nestas lonjuras. Observe-se que, mesmo levando a efeito algumas
importantes intervenções, os prejuízos (e malefícios) causados à população,
resultantes de outras tantas ações, tornaram-no "persona non grata" à
Metrópole, especialmente ao General e Governador da Capitania de Pernambuco,
Caetano Pinto de Miranda Montenegro, à qual esta estava subordinada. Retirado
às pressas, assumiria o Senado da Câmara, nas pessoas de Joaquim do Rego
Barros, Comandante das Armas, e do Vereador Luiz Antônio Ferreira. Esta
interinidade, reles "mandato-tampão", figuraria simples fogo-fátuo:
um mês seria o tempo de sua efêmera duração, pelo que pouco mais que nada terá
feito, a não ser preservar a ordem interna e encaminhar despachos de rotina.
Assim, permaneceriam em exercício apenas entre 20 de fevereiro e 23 de março de
1806, quando repassaram-no ao novo governador legitimado pelo Príncipe Regente
Dom João, o Sargento-mor de Infantaria José Francisco de Paula Cavalcanti de
Albuquerque.
FONTE – FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO